Do avesso, um verso se ajeita ...




segunda-feira, 11 de maio de 2015

Nós inacabado

Um ponto de interrogação e ... silêncio! 
Vírgulas para querer antecipar o que não há de ser ponto continuativo.
Porquês exclamados, imperados, inconformados com uma afirmação tão intransitiva que não há etecéteras que impliquem conclusões além do fim.
Sem travessões e/ou aspas disfarçadas, muito menos forçadas a dizer o que não traduz. 
Um doce amargo de pretérito imperfeito, confundido com presente inacabado, que tampouco há futuro. 
Verbos no infinitivo.
Pessoas no singular. 
Não somos mais conjugados a ser. Não estamos mais no mesmo grau de intensidade que existe no encanto da leitura um do outro. 
Não há intertextualidade, nem pretexto, ao menos contexto similar.
"há com agá"!
Verbos confusos .. doo, de doer - doo de doar!
Some de sumir - some de somar!
Amor em paradoxo, apatia linear. 
Teima de rima, pobre poesia, sem metrificar, melodia muda, ritmo fora de forma, estribilho comum, eu-lírico feliz. Amor inventado sem culpa!
Melhor acabar. Rascunho sem tempo não passa a limpo. Rascunho incompleto não passa tempo, só perde.
E tempo perdido é livro não lido, não publicado, não lembrado. 
É passado!
e passado, passa. 
É português fal(ec)ido que eu não sei que palavra usar, que eu não sei terminar. 
Como a gente, esse texto é. Cheio de fins e não sabe acabar!

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