Do avesso, um verso se ajeita ...




terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Os 7 meus . .


Bem legal, sim. Vamos lá:


7 coisas que eu tenho que fazer antes de morrer:
- Gravar um CD;
- Dominar, PERFEITAMENTE, o violão;
- Ouvir: 'mamãe';
- Escrever um livro;
- Ter um lar para chamar de 'doce';
- Me formar em música e/ou em teatro;
- Proporcionar sorrisos e orgulho pra quem eu amo e me ama!

7 coisas que eu mais digo:
- É o quêêêê, Hômi?
- Tá entendendo?;
- Sério mesmo;
- Mainha;
- ôh Giiiii, rs;
- Calor danado de quente;
- Valeeeei-me.

7 coisas que eu faço bem:
- Feijão;
- Falar ao microfone;
- Improvisar;
- Dormir;
- Editar vinhetas;
- Abraçar;
- Conversar.

7 defeitos meus:
- Indecisa;
- Preguiçosa;
- Desregularizada com horários;
- Falo muito (não de dizer o que não deve, mas de tagarela mesmo)
- Chata;
- Não ver maldade em nada;
- Sensível de mais.

7 coisas que eu amo:
- Abraço de criança;
- Abraço de mainha;
- Abraço de painho;
- Abraço de amor;
- Abraço de amigo;
- Abraço de vó;
- Abraço de Deus *-*

7 qualidades:
- Carinhosa;
- Honesta;
- Bem humorada;
- Sincera;
- Amiga;
- Gosto de fazer coisas boas pra outras pessoas;
- Ciumenta (sim, vejo como uma qualidade, pois quase não sinto e o pouco que sinto me deixa carinhosa .. vai entender!)

7 pessoas para fazer esse jogo:

- ...era pra ser segredo!
- Blog da Gaúcha
- Bolhas de Sabão
- borboletrasnoquintal
- Cheiro de flor quando ri
- Fragmentos de Cotidiano
- QUADROPOÉTICO

sexta-feira, 5 de novembro de 2010


Ouça aqui, mocinha!
Não fique pensando que o mundo lhe pertence não.
Não caia nessa onda. E oura coisa - não se esforce.
Pelo o menos não tanto.
Não fique ai remando contra a maré, dando murro em ponta de faca.
Veja - se não for pra ser, não vai ser.
Acredite em mim. Coisa boba essa sua tentativa de ir além.
E olhe, eu não estou pedindo para você desistir não, não é isso.
Eu só quero que você pense mais, leia mais.
Que tenha argumentos melhores.
Você está muito nova ainda. Cresce!


[Caio Fernando Abreu]

domingo, 19 de setembro de 2010

E se ela voltasse para mim?

Tarde assutada, como se o sol estivesse com receio de queimar sua pele, ou ressecar suas mãos tão pequenas. Nesse dia ele resolveu ir dormir cedo, mas permitiu que alguns raios ainda clareassem a alvidez do firmamento recheado de algodão, para ser cenário de um encontro que duraria o que as pessoas chamam de eternidade.
- Vamos brincar?
- Mas já? Nem sei seu nome.
- E o que importa o nome quando a personalidade da gente já está despida diante do outro?
- Brincar de quê?
- De sermos uma só...
- E tem como?
- Tem sim!
- E como?
- Segura minha mão...
Era como se as mãos dela já conhecessem as minhas e, desde aquele momento, elas se precisassem.
E seguiu comigo.
Ela sorria com as mãos juntas, ela chorava sem desprender os dedos que estavam entrelaçados como as tranças do seu cabelo, em mim, juntas, as formavam.
Ela subia, ela descia, ela caía, sacudia, mas das minhas mãos não se desprendia. Ela crescia, ela cantava, ela vencia, levantava, e com em minhas mãos, comemorava.
Ela me ensinou o que é sermos nós, nós de pronome pessoal, de caso, de fato, de exato.
Nós, dois eus juntos, singulares plurais. Eu & Eu(a), de mãos dadas.

Hoje eu estou desse lado, ela daquele lá.
Mas minhas mãos não estão sozinhas, pois ainda a sinto segurando-as, com cuidado, como quem segura um coração cansado.
Minhas mãos que agora escrevem e descrevem ela, soltam as dela, só um pouquinho, para se juntarem, como pedido e como desejo, juntas quietas.
E se juntam, também, em euforia, para cantar a alegria de ter a minha vida e a dela juntas, em nossas únicas mãos.
É só por um instante, só por um. Já, já as mãos se encontram outra vez.







FELIZ VIDA NOSSA, VIDA! TEAMO (L

sábado, 18 de setembro de 2010


Eu abro a janela e mal consigo acreditar! Inspiro um milhão de cores e expiro uma explosão de flores, escapando afoitas do meu peito. Eu abro a janela e mal consigo acreditar: estou viva! O Universo, com seus treze bilhões de anos concedeu-me um intervalinho no tempo, que eu chamo dia, e o começa assim, com uma manhã cheia de flores! Ah, é demais para mim! Todos os dias, eu abro a janela e me dá vontade de chorar. É tudo tão bonito, tudo tão... inacreditavelmente perfeito e encaixado que nem a maldade dos homens, de seis bilhões de homenzinhos pequenininhos, pode ser maior do que o conjunto das estrelas erradias, ainda mais quando metade de cada homem também é amor... Então, o que importa se eu perdi o ônibus, se a chuva despencou na minha cabeça, se ela me disse um desaforo, se nem meu amigo ele quer... o que importa? Há uma pequena chance na minha janela, que eu chamo dia, para extravasar o meu amor, cultivar um amigo, conhecer a história de uma senhora ou me aproximar de um vizinho, abraçar alguém que eu gosto muito, ligar para um velho amigo, viver, viver e viver? Ah... como posso reclamar da vida? Eu estou viva! E foi por um triz.

Quando alguém olha para você e estende aquele dedo do meio, ele está querendo dizer: "Escuta aqui, você não é mindinho, não é o fura-bolo e, muito menos, o cata-piolho! Você é o maior de todos!!!"

Pode até parecer que sim, mas meu mundo não é cor-de-rosa. A minha alegria brota das coisas tristes que eu vejo ao redor. Quando mainha não tem o que dar de comer aos filhos, mas divide um gão de arroz, com bom coração. Quando o ladrão me assalta, mas divide o meu dinheiro comigo. Quando o moço me estende o dedo do meio e me faz recordar brincadeiras de criança. Assim é a minha alegria! É quando o feio mundo tenta, mais que tudo! Apesar de tudo! Parir um instante de beleza e é esse instante, que na próxima fração de segundo escapará da minha câmera, que me comove e me arrebata, com se eu abrisse os braços e acolhesse o mundo: um bichinho ferido, carente de amor. E isso é maior que tudo, mais lindo que tudo, muito mais lindo do que se o mundo fosse perfeito.

[Rita Apoena]
Inexplicável como algumas pessoas, ainda, tem o dom de ser, verdadeiramente, humanas! Lindo texto!!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

E quem não quer crescer?



... Ela queria, mesmo, era continuar correndo no meio da rua e rindo com a boca aberta para o vento preencher todo o seu sorriso.
Ela queria, mesmo, era andar descalça na areia fina da praia e beijando com seus dedos os cabelos do mar que vinha convidando-a para ser infinita, como ele.
Ela queria, mesmo, era não ter relógio para não perder tempo, para não marcar hora para o abraço e nem minutos para a chegada, pois a chegada seria constante.
Ela queria, mesmo, era rabiscar o papel sem destino algum para o desenho, só, apenas, fazê-lo existir, fazê-lo ser, fazê-lo ...
Ela queria, ela sempre quis.

Ela teve.

Mas anoiteceu, e ela teve de ir-se deitar, sem saber que amanheceria maior, com sandálias, com relógios, com grampos nos cabelos.
Ela viu os sonhos descendo das estrelas e sendo postos em suas próprias mãos.
Ela viu seus amores saindo da janela de sua alma e criando imagem no lado oposto dos seus olhos.
Ela vê choro, ela vê distância, ela vê saudades, ela não a vê ... Ou, sim, ela se vê, mas de outra forma, com outra roupa, com outra pele, com outros brincos ...
Mas ela queria, mesmo, era continuar sem embalagem, ela queria, mesmo, era continuar, ela ...
Hoje, ela está tornando-se, ela será música, ela será verso, ela será dança . . . Ela será as lembranças felizes de um tempo em que ela era, toda, chamada esperança.
Vou buscá-la, viu?
Vou trazê-la . . Vou abraçá-la em mim e não deixá-la ir!
Vou desprendê-la do lado oposto do espelho, onde a deixei, desde a última vez que nos olhamos de verdade uma para a outra. Pois eu sei que ela vai estar lá, ela vai estar . . Ela não cresce, ela não quer crescer, não quer, não!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

...



"Belo motivo é por amor que vou lutando e pelas pedras do castelo, uma eu já vou retirando ... Retirei pedras de orgulho, majestades, deixei todas de humildade, de amores sem reinado, ela então se me rendeu ..."

domingo, 27 de junho de 2010

quinta-feira, 27 de maio de 2010

É preciso saber morrer ..



Estou cansada, confesso. Cansada de dar atenção ao que, realmente, não me estimula, não me anima, não me consola.
Preciso morrer pra algumas coisas (ele me disse isso!), calei, pensei, refleti .. Sim, preciso morrer !
preciso morrer pro desânimo, pro cansaço, pra ansiedade que nada acrescenta, só atrapalha. Preciso morrer para a angústia, para o medo, para a insegurança do que nem tão sério é. Preciso morrer para as pessoas que não me trazem estímulo, não fazem sorrir, não me deixam seguras.
Estou pronta pra essa morte, uma morte que me fará viver. Como a da lagarta que morre para viver como borboleta, para a criança que morre para viver o adulto, para a lágrima que morre para apresentar o sorriso, como a própria morte que nos leva para o sentido oculto do viver na eternidade da lembrança.
Estou aqui, morrendo, por ser preciso, por ser a hora, por ser melhor!
Morro, mas continuo viva, pois o bom de morrer pro 'não' é receber o abraço do 'sim' ...

Acompanha-me nessa morte?

sábado, 10 de abril de 2010

Voa sonho meu . . .

'Um dia frio, um bom lugar pra ler um livro e o pensamento ... Êita, e o pensamento?

.. Hoje está agradável para sair, para brincar, tomar banho na chuva .. Vou deixar meus sonhos saírem então!
Vou permití-los irem lá fora, aproveitarem dessa maravilha que é o hoje.
Só espero que eles voltem para mim. Que venham mais animados, voltem com mais força!
Há uns dias eles estão adormecidos em mim, e isso me deixa mal, pois sem meus sonhos acordados, as minhas asas não conseguem bater e alçar os vôos que tanto buscam ..

Vão sonhos meus, vão lá fora, busquem inpiração nas nuvens (elas sabem o que dizer nessa hora)
, hoje ficarei aqui, deixarei minhas asas, também, descansarem ..


Tenho a certeza absoluta de que quando o sol nascer outra vez, estaremos com mais fôlego e iremos até onde ele permitir!

- Saudade de ver meus sonhos sorrirem ...

quinta-feira, 8 de abril de 2010

... e eu?


.. inconstante!
Assim o sou, assim não consigo não o ser!
Por medo de perder, perdi .. Perdi outra vez, perdi por optar em ser sincera, por escolher fazer feliz quem tanto me proporcionou isso .
Porém, nas entrelinhas dos meus sentimentos, descubro que tudo foi ilusão, trapaça do meu coração, insistente, teimoso, imaturo ...
Preciso sair de mim (ou entrar em mim, não sei!).
Quero um escuro onde eu possa me abandonar por um instante e deixar que as páginas sejam revistas por elas mesmas, sejam compreendidas por suas próprias colocações.

Estou confusa, até no que escrevo perco o contexto e desvio o sentido ..

Acho que vou descansar disso. Preciso fechar o livro, quem sabe amanhã eu não descubra outra cor para pintar as letras borradas, mais uma vez, por essa hitória que insiste em me dizer que é amor ..

terça-feira, 6 de abril de 2010



Sentada, com os olhos fechados, quase acreditou estar ela mesma no País das maravilhas, mesmo sabendo que quando abrisse os olhos novamente, tudo voltaria a ser a chata realidade de sempree...
[in Alice no País das Maravilhas]