Do avesso, um verso se ajeita ...




quinta-feira, 26 de julho de 2012

De todos, o único.

De todas as trilhas que me impulseram a seguir - na estrada mais longa foi onde fiz-me perder; Cá estou caminhando e encontrando no meio do caminho motivos bons para continuar caminhando mesmo que por muito tempo.
De todas as cadeiras que me ofereceram pr'um descanso - aquela azul, de balanço, na varanda da casa velha, ainda hoje guarda a cantiga que faz ninar os meus suspiros.
De todos os drink's oferecidos em mesas de luxo e estendidos à minha sede - o café quente com cheiro doce sempre será o motivo principal do meu salivar.
De todas as músicas inéditas apresentadas nos show's mais iluminados e lotados, ou autografados de presente aos meus ouvidos - a cantiga na radiola que papai ainda sente ciúmes, de LP's, nunca sairá de moda dentro de mim e a melodia será sempre a que embalará as emoções mais verdadeiras e precisas aqui dentro.
De todos os livros que me prenderam a atenção em dias longos - o primeiro gibi que mamãe me trouxe pintado a lápis de cor ainda será o primeiro na fileira da estante como primeira opção de leitura para o meu coração.
De todas as estrelas que apontei o indicador - aquela que meus olhos não conseguiram alcançar é a que mais ilumina as minhas noites escuras.
De todas as tranças bonitas que enfeitaram meu cabelo - o elástico quebrado será sempre a melhor forma de liberdade para eles e para mim.
De todas as palavras confortáveis e bonitas ouvidas nos dias mais cinzas - aquele abraço jamais será substituído por qualquer mundo que teime em ser tão acolhedor.
De todos os textos digitados nas manhãs de compromissos corridos - os rabiscos das madrugadas [muitas vezes rasgados e não lidos por outrem]  sempre falarão muito mais sobre mim.
De todas as missas frequentadas, hóstias tomadas e pecados assumidos - aquela oração no meu quarto em que os olhos se fecham e eu não preciso dizer nada, é onde digo muito e a que mais me alivia a alma. É onde entendo tanto sobre o amor...
De todos os presentes caros que ainda recebo quando um dia é único para eu ser lembrada por muitos - o sorriso de um menino caramelo, sem hora e sem demora, é o que nunca me dará forma de pagar a riqueza que me enche.
De todas as histórias já ouvidas sobre "para sempres" e "felicidades" - nenhuma me dirá tanto quanto a que escrevemos juntos o "sempre" que vivemos naquela noite de verdades.
De todas as juras que pesam nas minhas mãos - aquela eterna de ser cada dia uma pessoa melhor para mim, não descruzarão meus dedos tão cedo.
De todas as viagens feitas por aí, mundo a fora - os momentos intensos de perder-se dentro de mim sempre será a melhor de todas.
De todas as formas que tenho de dizer sobre mim, jamais direi o que sou pois nem isso sei ao certo, e descrever em poucas linhas é finito demais quando se tem muito infinito entre_elas. 
De tudo mais que poderei vir a ser, serei, e sempre assim - simples assim, eu não sei muito bem o que eu sou, mas de algum modo, bem meu, eu sei de verdade quem eu não sou!

2 comentários:

  1. É quando eu chego aqui eu me sinto bem, tudo aqui é tão doce e puro. Eu viajo lendo teus textos, eles me trasportam para momentos especiais, coisas que guardo com carinho na lembrança. Parabéns senhorita Inconstante e borboleta... :D

    http://www.eraoutravezamor.blogspot.com

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    1. Que bonito, senhorita! Que bom que se sente bem, pois fique sempre que quiser, e sinta-se feliz por aqui. Obrigada!

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