Do avesso, um verso se ajeita ...




segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Encontro per_verso



Presente!
E sente.
Quente, faz-me respirar!
Permeio, vagueio, anseio, reencontrar!
Tão só, está. Tão meu, penar. 
Tão mais que horas, vazias, demoras, desejos a sufocar.
Porquês sem findar.
Finais começar.
Soprar ilusões.
Alimento-me pouco, percebo-me muito, faminta de ar.
Os dois. Num só. Solar.
O toque. O cheiro. O pensar.
Despir-se do medo - rompante, sarcástico.
Perder-se em meio aos sonhos - ousados, mordaz.
O mesmo sim.
Inúteis nãos.
Bons, saciados, entregues ao caso, acaso.
Quente, faz-me sufocar!
Perpasso!
Percalço, tortura em parar.
E sente.
E volta. Sem pena, uma pena, penar!
Não mais ser, sequer estar.
Ao bel-prazer.
Findar.
Ausente!

Um comentário:

  1. Oi, Jamý, boa noite!!
    São momentos como esse que resgatam a poesia em nosso coração. Mais que ler, já que embalados por uma canção de amor, nós também dançamos, enquanto respiramos e sufocamos no calor desses versos, na força desse sim, na tentação desses nãos... Um poema cheio de feminilidade, de encantamento, de entrega e de suave realização. “Não mais ser, sequer estar...” é o toque de perfeição, o ápice desse poema lindo. Quem de nós não deseja apenas não mais ser... ou sequer estar... mas tão somente amar e deixar-se amar...
    Um beijo carinhoso
    Doces sonhos
    Lello

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