E sente.
Quente, faz-me respirar!
Permeio, vagueio,
anseio, reencontrar!
Tão só, está. Tão
meu, penar.
Tão mais que horas,
vazias, demoras, desejos a sufocar.
Porquês sem findar.
Finais começar.
Soprar ilusões.
Alimento-me pouco,
percebo-me muito, faminta de ar.
Os dois. Num só.
Solar.
O toque. O cheiro.
O pensar.
Despir-se do medo -
rompante, sarcástico.
Perder-se em meio
aos sonhos - ousados, mordaz.
O mesmo sim.
Inúteis nãos.
Bons, saciados,
entregues ao caso, acaso.
Quente, faz-me
sufocar!
Perpasso!
Percalço, tortura
em parar.
E sente.
E volta. Sem pena,
uma pena, penar!
Não mais ser,
sequer estar.
Ao bel-prazer.
Findar.
Ausente!
Oi, Jamý, boa noite!!
ResponderExcluirSão momentos como esse que resgatam a poesia em nosso coração. Mais que ler, já que embalados por uma canção de amor, nós também dançamos, enquanto respiramos e sufocamos no calor desses versos, na força desse sim, na tentação desses nãos... Um poema cheio de feminilidade, de encantamento, de entrega e de suave realização. “Não mais ser, sequer estar...” é o toque de perfeição, o ápice desse poema lindo. Quem de nós não deseja apenas não mais ser... ou sequer estar... mas tão somente amar e deixar-se amar...
Um beijo carinhoso
Doces sonhos
Lello