Do avesso, um verso se ajeita ...




terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Nós, lençóis

As madrugadas deixam de ser vazias quando no meio delas a gente encontra o que tanto nos esperava ... Um par de pernas que passeiam pelas suas, procurando um lugarzinho mais quente para se aquietar e no "entre a gente" dizer tanto o quanto  é bom estar ali, pertinho, entre_elas.
E no apagar das luzes, os braços se entendem e os abraços se estendem, ritmados pelo calor da respiração que aquece a nuca da gente e nos faz adormecer com leveza. 
Quanta poesia dá para se fazer num suspiro!
Adormecer assim é bom. A gente torce para a noite passar devagar e passa a vagar em meio aos desejos de ser eterno aquele encontro de peles que compartilham o mesmo lençol, pouco importante, pois o que aquece o nosso sonho é muito mais que o pano, detalhe pouco, é a quentura de nós dois juntos! 
E quando há chuva, ah... quando há chuva, parece que mundos de borboletas dentro da gente fazem festa. O outro invade o sonho, cabe no travesseiro, surpreende com um cheiro e nos convida à calmaria de querer dormir e torcer para que não acordemos antes de nos preenchermos de felicidade.
Quando o amor quiser entrar, faça questão de abrir a porta.
Mas se ele quiser dormir com você ... bem ... vai ser trabalhoso ter de sair depois!


Nenhum comentário:

Postar um comentário