Do avesso, um verso se ajeita ...




segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Eu encontrei o AMOR!

Depois de um tempo, a frieza cotidiana já fazia morada, insistente morada, nas rotinas comuns de meus dias. 
Tanta sobra de não crer, tanto não querer, tanto de mim já faltava, tampouco me importava mais, não queria ter, não pensava em nós, bastava-me, um dia, outro dia, qualquer dia, bastava-me. Amor não era mais, não precisava ser.
Você frio, sem dança, sem música, sem pressa .. você convite! 
E um sim calado, dito em silêncio e em barulhos de gestos, junta nossa vida, faz bagunça compartilhada, tenta arrumar o que não tinha mais jeito, nem levava jeito para lidar. E de um jeito simples que não se descreve em prosa alguma, a melodia em nós fluía e na dança, um ao outro, conduzia, embalos de ternura, moldados em sorrisos que não quiseram mais "se deixar" ..
Vem comigo, me ensina outra vez, vamos teimar, vamos pousar, vamos ousar - aCRÊditar. Vamos é estrada longa, mas que não faz cansar ... 
Eu encontrei o AMOR em cada pé junto que nos leva a algum lugar. Em cada verruga que nasce no dedo que insiste em contar nossas estrelas nada cadentes. Eu encontrei o AMOR descrente, carente, doente, e me ressuscitou! Mesmo assim me ressuscitou, e me ressuscitando foi ressuscitado, porque o AMOR que encontrei vive de nós, e sozinho ele cala. E AMOR calado não dança, não canta, não aflora, não explora, não devora, não melhora - ora!
Eu encontrei o AMOR e quis ficar. Quis por ele querer e quero todos os dias que ele teimar em estar. E que teime sempre, sempre que o hoje nascer, que o hoje amanhecer, que o hoje adormecer e amanhã, um novo hoje, vir a ser!
Eu encontrei o AMOR e vamos nos casar!
:)

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