Do avesso, um verso se ajeita ...




terça-feira, 15 de março de 2011

Uma chuva, umas flores!


O céu nesta manhã amanhecera com um rosa diferente. Um rosa cheiroso, sabe?
Antes mesmo de abrir os olhos eu já o sentia, o sentia bem perto. Acredito que, por isso, eu tenha acordado sorrindo.
Espreguicei-me com mais disposição que antes. Queria logo abrir a janela, puxar as cortinas que escurecem o quarto [e que eu não sei, mesmo, para quê elas servem] e ver, lá fora, o que aqui dentro já enchia minh'alma de paz.
E então, lá estava .. tocando o meu jardim: Uma chuva de flores!
Há tempos que não chovia flores no meu jardim, perto da minha janela, vindas do meu céu rosa. Há tempos!
Mamãe dizia que era muito difícil acontecer, chuva de flores, dinovo. Fenômenos assim, só acontecem de séculos em séculos e, segundo mamãe, "olhe lá, viu?"
Mas, nesta manhã, aconteceu! E eu vi, eu a vi, vivi .. Eu a senti, sim_em_ti .. E por uns instantes de epifania, dancei no vento entre as flores que ali, e aqui, caiam. De braços estendidos e abertos eu consegui balançar algumas nuvens azuis para que caíssem mais e mais flores .. e elas sorriam, também dançando em par e pares com o vento, o branquinho, o transparente ar que ofegava dentre a atmosfera do meu ser.

Ah, como eu queria viver nesta chuva de flores por mais "sempres" .. por mais, muitas, vezes! Eu ia dançar infinitamente entre elas, até confundir-me e deixar-me ser, quem sabe, uma delas também!
Abençoados os que abrem a janela em dias de céu rosa e são agraciados com chuva de flores.
Abençoados!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário