
"Eu tenho muitos amigos, eu tenho discos e livros . . .
Mas quando eu mais preciso, eu só tenho você!"
Mas quando eu mais preciso, eu só tenho você!"
Do avesso, um verso se ajeita ...
Era pra ser uma conversa simples [ok, não tão simples], mas queria que vocês entendessem que, vezenquando, os passarinhos precisam voar .. e sozinhos!
Acredito que é o que vem me deixando desanimada e sempre pra baixo .. é essa minha mania de amar demais!
- É algo quase sempre esquecido - disse a raposa. - Significa "criar laços" ...
Até os 8 anos de idade eu era uma criança normal. Como todas as outras [ou, ao menos, como a maioria] eu acordava às 6 horas, ia para escola, as aulas começavam às 7 e meia. Brincava de “casinha” durante a tarde e à noite ia para a esquina, mais precisamente na rua A. Lá estavam meus companheiros de “bandeirinha guerreou”, “sete cacos”, “se esconder”, “trisca”, “cada macaco no seu galho”, e outras tantas que cada noite renovava as energias para um sono mais cheio de vontade. Aos 9 anos mainha nos levou para outra casa, n’outra cidade, n’outro estado e, de primeira e finita impressão, outro horizonte [nos tantos sentidos que você for capaz de aludir]. A rua era estranha, deserta. Não tinha mais do que 5 casas, estas bem afastadas umas da “minha” .. minhas tarde não tinham mais “casinha”, dormíamos cedo pois não podíamos sair, era feio lá fora, só grilos, só sapos, só nadas .. Sem amigas a opção era brincar com meus irmãos [e que bom que os tenho, né?], só lamento eu ser minoria, eles sempre tinham o privilégio de escolher as brincadeiras e, como sempre, eu sempre ficava com a ‘pior parte’ delas ... pião – o meu sempre era o alvo e quebrava; pipa – sempre cortavam minha linha e rasgavam-na só por ser a mais bonita; polícia e ladrão – eu era a polícia , nada contra, mas que é chato ser polícia, ah é! ¬¬; Power ranger – o que implicou em hematomas por todo o corpo e um olho quase cego; futebol – eu era goleira ‘-‘ e pesca, que dentre todas era a que eu mais gostava, apesar de ser sempre eu quem tinha de enfiar a mão na lama para pegar as minhocas ou matar aqueles calangos feios para servirem de isca [ai, como ainda hoje eu tenho nojo dele, argh!]; É, eu sofri .. mas eu era bem feliz! Na minha rua tudo me causava medo. O mato do lado esquerdo, o açude fundo aos fundos, uma olaria abandonada à direita, uma casa lá em cima, no topo da ladeira, e em frente, ele, lá estava, bem na minha janela: o cemitério.
- Amor?